Domingo fomos ao cinema pela segunda vez. Mais precisamente ao Cine-Atlântico, magnífico exemplar da arquitectura colonial do pós-guerra. É um grande anfiteatro coberto mas sem paredes laterais, o que o torna bastante arejado e agradável nas noites quentes de Luanda. Fomos ver um filme de acíão, “Anacondas”. O filme, em si, não merece comentários – é um produto mediano da indústria americana de vender pipocas. Mas a experiência de o assistir naquela sala é inultrapassável. O cinema estava apenas meio cheio, mas cada espectador valia por dois. Nas cenas de acíão, e especialmente quando os heróis ultrapassavam um obstáculo qualquer, toda a gente aplaudia, gritava, incentivava. Numa cena em que uma heroína decapitava uma anaconda gigante, salvando um companheiro, até houve quem se pusesse em pé. Se fossem só meia dúzia de mal-educados, como em Portugal, seria desagradável. Assim, com toda a sala a vibrar na mesma onda, é uma erupíão colectiva de alegria, de entusiasmo, uma manifestaíão da magia da 7ª arte. A verdadeira festa do cinema.
Cinema
- Post author:João Nunes
- Post published:22/02/2005
- Post category:É a vida
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João Nunes
João Nunes é um autor, guionista e storyteller que gosta de ajudar os outros a contar as suas próprias estórias. Divide o seu tempo entre Angola, Brasil e Portugal e já escreveu mais de 3500 páginas de guiões produzidos de curtas e longas metragens, telefilmes e séries de televisão.
ehhh… outro continente sem dúvida…nem dá para ficar chateado, mas sim abismado com a simplicidd de quem vive realmente o dia…e o cinema, neste caso…