As mulheres do povo andam com as crianías í s costas, presas por um pano, como se de uma mochila se tratasse. É frequente ver moías novas com um bebé de um ou dois anos nessa posiíão, e a barriga proeminente de uma gravidez de vários meses, qual contrapeso.
Tenho dúvidas quanto ao mérito dessa soluíão. Não acredito que estar o dia inteiro com a cara enfiada nas costas da mãe, limitado a esse horizonte de alguns centímetros de pele ou pano, possa fazer bem ao desenvolvimento psico-motor dessas crianías. Numa idade em que todos os estímulos são absorvidos e integrados no repertório da crianía, ver-se confinada a um mundo tão estreito é seguramente limitador.
Compreendo que essas mulheres pobres, que precisam de trabalhar para sobreviver, sem creches e infantários (ou mesmo amas) onde deixar os filhos, não tenham outra soluíão senão carregá-los o dia inteiro. Por causa disso tenho tenho pensado muito em outras formas, práticas e baratas, em que isso pudesse ser feito. Infelizmente nunca arranjei uma soluíão que pudesse competir com um simples pano enrolado í volta do peito. Receio que os bebés angolanos mais pobres ainda tenham de passar muitos anos com a cara espalmada.