As regras do jogo – dos jornalistas

Longe de mim querer ensinar escrita a jornalistas, ou dar-lhes lições de ética ou de conduta profissional.

Mas acho que não se perde nada em transcrever aqui um conjunto de regras que regeram a carreira do jornalista Jim Lehrer, enquanto foi o pivot do noticiário da cadeia pública americana PBS, “The NewsHour with Jim Lehrer”.

Deixo a seguir o meu ensaio de tradução, mas o texto original pode ser encontrado aqui, numa coluna do provedor dos espetadores da PBS.

As regras de jornalismo MacNeil/Lehrer:

  • Não fazer nada que não possamos defender.
  • Cobrir, escrever e apresentar cada história com o cuidado que quereríamos se ela fosse acerca de nós.
  • Assumir que há sempre pelo menos uma outra versão para cada história.
  • Assumir que o espetador é tão esperto, atencioso e boa pessoa quanto nós somos.
  • Assumir o mesmo acerca de todas as pessoas sobre as quais escrevemos.
  • Assumir que as vidas pessoais são um assunto privado, até que uma reviravolta legítima da história dite outra coisa.
  • Separar cuidadosamente a opinião e a análise das notícias, e identificar com clareza cada uma.
  • Não usar fontes anónimas, ou citações cegas (blind quotes), exceto em raras e monumentais ocasiões.
  • Ninguém deve ser autorizado a fazer ataques anónimos.
  • E, finalmente, não estamos no negócio do entretenimento.

Não posso falar pelas outras pessoas, mas se todos os noticiários portugueses fossem assim iriam encontrar-me mais vezes em frente da televisão sem ser para ver futebol.

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